Respeito e diversidade são princípios cada vez mais presentes na cultura das empresas e, para que sejam colocados em prática, adotar uma linguagem inclusiva é um bom começo.
Afinal, refletir sobre a forma como nos comunicamos é uma etapa essencial para a criação de um ambiente de trabalho livre de discriminação.
Além disso, diferentemente do que muitos pensam, adotar esse tipo de interação é uma tarefa simples, que pode ser cumprida facilmente com a colaboração e atenção das pessoas da empresa.
Para saber mais sobre o que é a linguagem inclusiva e como ela pode ser implementada no dia a dia de uma organização, continue a leitura!
O que é linguagem inclusiva e qual a importância em uma empresa?
A linguagem inclusiva consiste em uma forma de comunicação verbal que evita excluir ou discriminar pessoas de grupos minoritários, como membros da comunidade LGBTQIAPN+, mulheres, pessoas negras ou com deficiência.
No dia a dia, muitas expressões contribuem com a exclusão desses grupos, mas passam despercebidas por quem não faz parte deles.
Isso se aplica tanto aos casos em que nos referimos à liderança de uma empresa como “o líder”, sendo que mulheres também podem ocupar esses cargos, quanto àqueles em que usamos expressões como “lista negra”, que podem parecer inofensivas, mas têm origem racista.
Assim, ao usar uma linguagem inclusiva, o discurso adotado pela organização passa a ser mais respeitoso e se adapta a qualquer pessoa que o esteja lendo, o que gera uma identificação maior por parte das equipes e promove um ambiente de trabalho com mais bem-estar.
Passos para aplicar a linguagem inclusiva
Adotar a linguagem inclusiva na empresa não precisa ser uma tarefa complicada. Algumas mudanças simples e um pouco mais de atenção na elaboração de mensagens e comunicados podem fazer uma grande diferença. Confira alguns passos importantes:
Evite termos capacitistas e racistas
Em primeiro lugar, algumas expressões precisam ficar de fora do vocabulário da empresa, pois tem um teor bastante discriminatório, mesmo que isso passe despercebido no dia a dia.
Palavras como “denegrir”, “judiar”, “mancada”, “inválido” e “ovelha negra” são parte do vocabulário de muitas pessoas, mas é preciso tomar conhecimento dos significados racistas e capacitistas que elas carregam, para que possamos substituí-las.
Adote adjetivos agêneros
A inserção das mulheres no mercado de trabalho é algo recente. No Brasil, elas ainda são minoria nos cargos de liderança, ocupando apenas 38% deles, de acordo com um estudo realizado pela Grant Thornton.
Ainda assim, esse número segue crescendo e já se foi o tempo em que as empresas eram dominadas pelo sexo masculino.
Nesse sentido, a linguagem inclusiva também propõe que as organizações procurem neutralizar o gênero de algumas expressões ao se comunicar com suas equipes.
Por exemplo, em vez de falar em “diretores” ou “diretoras”, basta usar o termo “direitoria”. O mesmo vale para os adjetivos! Muitos deles não mudam sua forma, independentemente do gênero ao qual se referem. Por exemplo, tanto homens quanto mulheres podem ser eficientes e inteligentes, sem a necessidade de flexionar a palavra.
Invista na educação dos seus colaboradores
Por fim, lembre-se de que tudo começa com o aprendizado. Afinal, é natural que muitas pessoas da empresa não tenham refletido sobre esse assunto até que sejam apresentadas a ele.
Nesse sentido, um treinamento corporativo sobre o assunto pode cair muito bem, tanto para as equipes quanto para as lideranças.
Essa iniciativa contribui para que todo o time esteja alinhado em relação ao tipo de linguagem adotado pela organização, deixando o processo de mudança mais produtivo e eficaz.
Agora que você já sabe tudo sobre esse assunto, continue por aqui e saiba mais sobre profissões criativas e o que não pode faltar na alimentação desses colaboradores!
(Imagens: divulgação)