O jejum intermitente deixa muitas dúvidas e as opiniões a esse respeito são bastante divergentes.
A boa alimentação precisa fazer parte do dia a dia do ser humano, visando assegurar uma boa saúde física e mental.
De acordo com uma pesquisa apresentada recentemente no Congresso Internacional sobre Obesidade, 56% dos brasileiros estão acima do peso atualmente e esse índice deverá atingir 75% da população no ano de 2044.
A obesidade e o sobrepeso são um problema que precisa de atenção, pois interfere diretamente na saúde das pessoas e provoca problemas que poderiam ser evitados.
Neste post, apresentaremos a controvérsia prática do jejum intermitente. Quais os seus benefícios e os cuidados que precisam ser tomados a esse respeito!
O que é o jejum intermitente?
O jejum intermitente é uma prática utilizada tendo por objetivo o emagrecimento.
É um método que consiste em consumir as refeições diárias em curtos períodos, passando parte do dia em jejum.
Esse tempo pode variar entre 8, 10, 12 ou até 16 horas, podendo ser realizado diariamente ou em alguns dias da semana.
Além de evitar o sobrepeso e a obesidade, essa ação também contribui significativamente para a melhora da saúde metabólica, contribuindo para a redução da gordura corporal e na melhoria nos níveis lipídicos, como:
- colesterol total,
- lipoproteína de baixa densidade (LDL),
- lipoproteína de alta densidade (HDL),
- triglicerídeos.
Benefícios da prática
Como se observa, o jejum intermitente contribui com a saúde, já que diversos estudos a respeito demonstram que sua prática colabora com a perda de peso, na melhoria da resistência à insulina, redução da inflamação e aumento da longevidade.
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Adelaide e do Instituto de Pesquisa em Saúde e Medicina do Sul da Austrália, essa prática apresenta mais benefícios na redução do risco de diabetes do tipo 2 do que uma dieta comum de restrição de calorias.
Já outro estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluiu que esse método pode retardar o aparecimento do Alzheimer.
Apesar desses resultados, é importante uma avaliação mais cautelosa a esse respeito, uma vez que a maioria dos testes são realizados em animais e não nos seres humanos.
Cuidados e riscos associados ao jejum intermitente
Um fato já é conhecido sobre essa prática e deve ser respeitado por todo aquele que deseja realizar um jejum intermitente.
Já que pode gerar um quadro de hipoglicemia, não é uma possibilidade indicada para:
- gestantes e lactantes,
- crianças,
- adolescentes,
- idosos,
- pacientes com diabetes do tipo 1.
Para quem está apenas preocupado com a perda de peso, pesquisas realizadas na Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, concluíram que os resultados desse método não são tão eficientes quanto se pensava.
O estudo demonstrou que a mudança de peso é mais afetada pelo tamanho das refeições do que pelo intervalo entre elas.
É muito importante que o jejum intermitente seja monitorado por especialistas, uma vez que existem efeitos sobre a saúde mental e física, especialmente em indivíduos que fazem algum tipo de acompanhamento médico.
Diante de todas essas informações e das controvérsias existentes, essa prática carece de estudos mais aprofundados que apresentem os possíveis benefícios e eventuais problemas que esse tipo de comportamento pode acarretar.
Baseado nisso, vale a pena realizar a leitura de outro post interessante que publicamos em nosso blog, onde você pode conhecer os principais pilares de uma boa alimentação!
(Imagens: divulgação)